Os cinco lugares que você não pode deixar de ir na sua viagem a Amsterdã

A capital da Holanda é conhecida por seus moinhos, lindos campos de tulipas e um estilo de vida consideravelmente mais liberal do que em outros lugares do mundo. Mas a arquitetura tradicional, a cultura e as artes também são faces importantes de Amsterdã. A cidade oferece uma grande variedade de atrações, que vão de passeios de barco a museus, passando pelo famoso Red Light District, mas, caso você não tenha tempo de visitar todas, a Barra Travel resolveu listar os cinco lugares que não podem faltar no roteiro de quem viaja para a terra das liberdades.

1. Bairro Jordaan
Aquelas fotos bonitas de uma bicicleta encostada em uma ponte sobre um canal ao pôr do sol que você vê nas redes sociais de todas as pessoas que visitam Amsterdã são normalmente tiradas no bairro do Jordaan. Repleto de residências e pontes de arquitetura tradicional, é no Jordaan que as pessoas pensam quando imaginam a cidade. A vizinhança é cheia de galerias, restaurantes e cafés, e proporciona um ótimo passeio a pé ou de barco.

Durante o inverno, os canais congelam e é possível ver os locais patinando sobre a superfície da água. A atividade contribui ainda mais para a atmosfera leve e divertida que Amsterdã tem.

2. Van Gogh Museum
O museu do famoso artista holandês é uma das principais atrações de Amsterdã e parada essencial no roteiro de quem aprecia as artes. Localizado na rua Paulus Potterstraat, o museu foi criado em 1973 para abrigar a coleção de obras guardadas pela família de Vincent Van Gogh.

O irmão de Van Gogh, Theo, era dono das pinturas e dos desenhos do artista, recebendo-os em troca do pagamento de uma mesada mensal. Van Gogh morreu em 1890 e Theo queria que a arte dele ficasse famosa, mas ele mesmo acabou morrendo apenas seis meses depois. A tarefa, então, recaiu sobre Jo van Gogh-Bonger, a viúva de Theo, que vendeu e emprestou os trabalhos do cunhado para exibições, além de publicar várias cartas que Van Gogh enviou para o irmão.

Jo morreu em 1925 e seu filho, Vincent Willem, batizado em homenagem ao tio, ficou responsável por continuar a cuidar das obras de Van Gogh. Ele criou a Fundação Van Gogh e se dedicou à criação do museu.

O Van Gogh Museum está sempre lotado e com filas, mas é possível evitar transtornos para conseguir ver os girassóis mais famosos do mundo. Ao invés de deixar para comprar os ingressos quando chegar ao museu, o ideal é comprar online com antecedência. Assim, evita-se filas e uma longa espera para entrar.
O museu fica aberto das 10h às 18h de segunda a quinta, mas às sextas-feiras funciona até as 22h. Nas noites de sexta, acontece a Museum Vrijdagavond no hall central, quando um bar é aberto e há atrações musicais.

3. Rijksmuseum
Pertinho do Van Gogh Museum está o Rijksmuseum, o museu nacional de arte e história. Ele fica na Museuplein, a Praça dos Museus, e conta com uma extensa coleção de pinturas da idade de ouro dos Países Baixos e uma grande coleção de arte asiática. No total, o local tem cerca de 8 mil peças.

O pavilhão asiático foi construído durante a reforma feita entre 2003 e 2013. Existem obras da China, Japão, Indonésia, Índia, Vietnã e Tailândia que datam de 2000 a.C. a 2000 d.C.

Entre as principais obras em destaque no Rijksmuseum estão as de Rembrandt, incluindo a Ronda Noturna, que tem seu próprio corredor desde 1906, as de Johannes Vermeer, como A Leiteira, e as de Fran Hals, como o Retrato De Um Jovem Casal.

O Rijksmuseum funciona das 09h às 17h todos os dias do ano, incluindo Natal e Ano Novo. Os ingressos podem ser adquiridos online ou no museu, e menores de 18 anos não pagam.

4. Anne Frank House
Outra parada essencial para quem gosta de história é a Casa de Anne Frank, um dos museus mais populares de Amsterdã. A casa, localizada na rua Prinsengracht, número 263, foi onde a jovem Anne, de 13 anos, ficou escondida por mais de dois anos com mais sete pessoas antes de ser enviada a um campo de concentração.

Anne Frank, o pai Otto, a mãe Edith e a irmã Margot deixaram a Alemanha durante a ascensão de Hitler no poder e se estabeleceram em Amsterdã. Em 1940, os alemães invadiram a Holanda e, em 1942, a família Frank precisou se esconder após Margot ser ordenada a comparecer a um campo de trabalho alemão. Os quatro ficaram no esconderijo montado por Otto no anexo atrás de sua firma.

Outra família, os Van Pels, cujo pai Hermann era sócio de Otto, se juntaram aos Frank e, logo depois, um dentista chamado Fritz Pfeffer também se escondeu com eles. Por dois anos, as oito pessoas ficaram isoladas do mundo, sendo ajudadas pelo funcionários do escritório.

Durante os anos que passou escondida, Anne usou um diário para escrever sobre sua vida no anexo. Em 1944, o grupo foi descoberto e enviado para campos de concentração. Otto Frank foi o único sobrevivente do grupo e, depois da guerra, recebeu o diário escrito pela filha, que tinha ficado para trás no esconderijo e resgatado por um dos seus amigos após a prisão do grupo.

Otto Frank publicou o diário da filha em 1947. O anexo onde a família ficou escondida quase foi demolido depois da guerra, mas pessoas em Amsterdã, já familiares com a história de Anne Frank, fizeram uma campanha para transformar a casa em um museu. Elas criaram a Fundação Casa de Anne Frank para preservar a história do lugar.

O museu conta com coleções de fotos, documentos, objetos e, claro, o famoso diário da jovem Anne. Os pertences dos oito estão no Anexo Secreto, que foi preservado e não possui móveis, que foram removidos depois da prisão do grupo.

Na parte da frente da casa, fica o local onde os funcionários que ajudavam as pessoas escondidas trabalhavam. A história é contada através de citações do diário de Anne e documentos, objetos e fotos estão em exibição.

A Casa de Anne Frank fica aberta diariamente, mas os horários variam, então é importante conferir o calendário no site do museu. Ingressos podem ser comprados online.

5. Dam Square
A Dam Square é a principal praça de Amsterdã e onde ficam localizados o Palácio Real e o Monumento Nacional. O local tem sempre muita atividade, como shows, eventos esportivos, mercados de livros e a cerimônia anual de homenagem aos mortos da Segunda Guerra Mundial.

O Palácio Real foi, na verdade, construído para ser uma prefeitura durante o século 17, mas foi transformado em palácio por Luis Bonaparte, irmão de Napoleão, em 1808. Depois, passou a abrigar a família real holandesa.

O Monumento Nacional foi erguido em 1956 como forma de lembrar as vítimas da Segunda Guerra Mundial.

Na praça fica também a Nieuwe Kerk, a igreja de estilo gótico construída no século 15. Ela é palco de coroações e casamentos reais, mas não realiza mais missas. Ocasionalmente, há exibições e recitais.

Há ainda o Museu de Cera Madame Tussauds, que é sempre uma visita divertida em qualquer lugar, mas não chega a ser extremamente importante no roteiro de quem visita Amsterdã. Mas, como ele fica na praça, vale a pena ir se houver tempo de sobra.

A Dam Square é como o coração de Amsterdã e um ótimo lugar para conhecer, observar locais e turistas, comer, fazer compras, passear de carruagem e até usar sapatos de madeira gigantes para tirar uma típica foto turística.

Amsterdã é uma cidade linda que merece ser explorada em todos os sentidos, mas se o tempo for curto, esses cinco lugares vão ajudar a montar o seu roteiro. Cada um deles tem um pouquinho da história desse local fascinante.